Os primeiros reflexos da crise internacional já chegam ao Brasil — e nenhum é tão preocupante no momento quanto a falta de crédito para empresas e consumidores
Fábrica da Embraer: o adiamento de encomendas pode gerar perdas de mais de 160 milhões de dólares (Foto)
Descolamento? Por algum tempo, entusiastas do Brasil defenderam que a economia do país estaria imune aos efeitos da crise financeira mundial que começava a se desenhar no horizonte. Os argumentos utilizados para sustentar a tese continuam válidos. O Brasil conseguiu manter sua moeda estável, possui vantagens competitivas consideráveis na produção de algumas das commodities mais desejadas do momento e tem um mercado interno gigante e uma classe média emergente que movimentam a roda do consumo. Nada disso mudou. O que se transformou — e de forma radical e assustadora — foi o mundo do qual o Brasil faz parte. Em questão de semanas, o mercado financeiro dos Estados Unidos e da Europa desmoronou e o dinheiro, que viajava abundantemente pelos mercados, sumiu. Ou passou a custar muito mais caro. Um dos mais longos ciclos de liquidez da história parece ter chegado ao fim. De acordo com cálculos do Fundo Monetário Internacional, os bancos e as instituições de crédito terão perda de capital próprio de mais de 1 trilhão de dólares com a turbulência atual. Alguns analistas projetam que isso pode ter um impacto de até 10 trilhões de dólares na contração da oferta de crédito no mundo.
Descolamento? Por algum tempo, entusiastas do Brasil defenderam que a economia do país estaria imune aos efeitos da crise financeira mundial que começava a se desenhar no horizonte. Os argumentos utilizados para sustentar a tese continuam válidos. O Brasil conseguiu manter sua moeda estável, possui vantagens competitivas consideráveis na produção de algumas das commodities mais desejadas do momento e tem um mercado interno gigante e uma classe média emergente que movimentam a roda do consumo. Nada disso mudou. O que se transformou — e de forma radical e assustadora — foi o mundo do qual o Brasil faz parte. Em questão de semanas, o mercado financeiro dos Estados Unidos e da Europa desmoronou e o dinheiro, que viajava abundantemente pelos mercados, sumiu. Ou passou a custar muito mais caro. Um dos mais longos ciclos de liquidez da história parece ter chegado ao fim. De acordo com cálculos do Fundo Monetário Internacional, os bancos e as instituições de crédito terão perda de capital próprio de mais de 1 trilhão de dólares com a turbulência atual. Alguns analistas projetam que isso pode ter um impacto de até 10 trilhões de dólares na contração da oferta de crédito no mundo.
(Revista Exame)
Postado por Janaina
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